Urnas eletrônicas: percepção pública de segurança

T12E19 - Urnas eletrônicas: percepção pública de segurança

Episódio 19 | temporada 12 | 12/07/2021


Não basta o processo eleitoral ser seguro, ele precisa também parecer seguro frente à população para que as eleições tenham legitimidade. Uma das propostas discutidas para aumentar a transparência no processo é a impressão do voto. Quais são os ganhos e os problemas desta proposta? Estas são algumas das questões discutidas neste programa, que é a segunda e última parte da conversa sobre urnas eletrônicas com Daniel Wobeto, secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do RS. Participam da conversa, Jorge Quillfeldt (Biofísica-UFRGS), Marco Idiart e Carolina Brito (ambos IF-UFRGS). Produção e edição: Carolina Brito Créditos da Imagem: TSE

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Daniel Wobeto

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3 comentários:

thomas disse...

O argumento principal do secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do RS é um apelo à autoridade. Concordo 100% com o Jorge. A esquerda tomou a horrível decisão de não disputar essa pauta com a direita e confiar cegamente no Judiciário, q é quem controla a eleição. O Judiciário do Brasil é insuspeito?

Gustavo Chaves disse...

É louvável todo o trabalho que a equipe técnica do TSE tem feito para manter a segurança de todo o processo eleitoral. Contudo, por mais que eles se esforcem para garantir a segurança de cada etapa do processo, essa é uma tarefa inglória, porque se baseia em uma estratégia equivocada, a meu ver. Aqui vale a analogia de que "uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco".

Como bem explicou o Daniel Wobeto, o processo eleitoral é estremamente complexo e composto de um número enorme de etapas. Investir na segurança de cada etapa é necessário, mas não é suficiente para garantir que o processo seja completamente seguro.

Uma estratégia clássica para garantir a integridade de um processo fim-a-fim seria prover o sistema de meios redundantes e independentes para o fluxo da informação do início ao fim do processo. Uma analogia técnica é a Verificação Cíclica de Redundância (https://pt.wikipedia.org/wiki/CRC), usada em redes de dados para garantir que os dados enviados por um nó sejam recebidos de modo íntegro por outro nó de uma rede digital. Eu creio que a impressão simultânea dos votos, da maneira que o Daniel explicou no programa, seria o modo mais simples de implementar um mecanismo redundante e independente para o fluxo dos dados: desde o voto até a contagem.

É claro que nada é realmente "simples" quando se fala em meio milhão de urnas e em milhões de eleitores. É preciso considerar questões de custo, logística e segurança envolvidas nisso, como o Daniel bem ressaltou. Não creio que haja urgência. Essa mudança precisa ser tratada com seriedade e competência. Mas não podemos desconsiderar o problema, meramente porque ele foi cooptado por uma corrente política.

Pessoalmente eu não conheço nenhuma evidência de que as urnas eletrônicas já tenham sido comprometidas. Mas, como "ausência de evidência não é o mesmo que evidência de ausência", é importante investir na melhoria contínua deste processo, adotando medidas realmente efetivas.

dmknob disse...

O problema da analogia com a turbina do avião (e com a aviação em geral), é que fica evidente quando ocorre um desastre aéreo.
Com a urna eletrônica Não Há como demonstrar uma apuração equivocada (intencional ou não).
Se não é possível de provar falso o resultado da votação, não vejo como pode ser considerado seguro.

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